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Qual o seu maior desafio na hora de escrever?

  • Foto do escritor: Sabrina Neto
    Sabrina Neto
  • 6 de jun.
  • 4 min de leitura

Confira alguns caminhos que podem ajudar você a encontrar uma direção em meio ao caos do processo criativo de escrita


Mulher negra olhando para cima e várias setas desenhadas ao redor dela
Alguns caminhos podem ajudar você a encontrar uma direção em meio ao caos do processo de escrita

Começar o texto.

Editar o texto.

Entender quando finalizar o conteúdo.

Lidar com o bloqueio criativo.

Escolher quais as melhores ferramentas para utilizar durante a produção do texto.


Quando falamos dos desafios na hora de escrever o nosso conteúdo, o que não faltam são exemplos para ilustrar esse momento. Eu, por exemplo, já passei por todos esses citados no início deste artigo. Se você tem a escrita como profissão ou gosta de se aventurar pelo universo das palavras, imagino que também já tenha vivenciado, pelo menos, uma dessas experiências. 


Certa vez, quando trabalhava no departamento de Marketing de uma universidade bem conhecida no Nordeste, travei na hora de escrever uma matéria sobre exames de proficiência. Na época, eu tinha várias informações sobre o tema, depoimentos para complementar o conteúdo, mas não conseguia achar o início, aquele gancho, os primeiros segundos de texto que fazem o leitor ansiar pelo o que está por vir nas próximas linhas.


Diante da pressão de produzir o texto e do tempo limitado (precisava publicar naquele dia), arrisquei seguir por um caminho menos convencional: começar pelo fim.


Depois da entrevista, enquanto voltava para a sala onde eu trabalhava, fui encaixando mentalmente as informações e visualizando de que forma poderia construir esses parágrafos. Não fazia ideia de como começar a matéria, mas, por algum motivo, tinha uma noção de como concluir o conteúdo. 



"Apenas se perdendo criativamente, além das fronteiras da tradição, que novas descobertas poderão ser feitas."

Christopher Vogler



Considere o desconhecido

Até hoje, penso como essa estratégia foi importante para conseguir colocar as ideias no papel. 


Muitas vezes, insistimos em seguir por caminhos óbvios. Contudo, é no desconhecido que as possibilidades se manifestam. Nesse dia, diante desse desafio, considerei dois caminhos:



  • seguir pelo primeiro insight, começar pelo fim;

  • considerar a máxima, menos é mais; olhar o simples, a essência do conteúdo.


De um estado paralisante, sem saber como iniciar o texto, passei à escrita ativa, com a fluidez das palavras que se formavam conforme eu teclava as ideias.



Viva, sinta e liberte a escrita que existe em você

Cada texto é um texto e estaremos conectados a eles de maneiras diferentes, não apenas com o corpo, pelo ato de escrever em si, mas, também, com a nossa alma. 


Gosto de pensar no processo de escrita como uma jornada de conexão com o viver e o sentir as palavras. Essa conexão:


infográfico de tom amarelo com resumo da ideia sobre o viver e sentir as palavras
Viva e sinta a escrita de corpo e alma
Quando as palavras dão match :)

Há poucos dias tive mais uma prova do quão poderosa é a nossa escrita e essa conexão que estabelecemos com o outro. Ao receber a visita da minha mãe, que está lendo pela primeira vez o meu livro Pense Escrita: 31 mensagens para ativar o potencial de escrita que existe em você, ela disse que riu muito de algumas mensagens que trago no livro. 


Na época em que escrevi esses capítulos, lembro de sentir vergonha e até medo ao expor algumas situações da minha vida. Mas a risada comentada por ela, me pegou de surpresa.


Curiosa, quis saber o motivo que a fez rir e, segundo ela, foi relembrar as memórias que vivemos naquela época da minha vida. Isso foi o suficiente para mim, sabe por quê?


Porque ela teve uma reação a partir do que eu escrevi.


E o que eu quero dizer trazendo esse exemplo?


Quero dizer que o texto provocou uma reação nela e isso é extremamente poderoso quando falamos em conteúdos que se conectam com as pessoas. Inclusive, gostaria que você buscasse em sua memória, como foi a reação da sua audiência ao ler um determinado conteúdo que você produziu: risos, choro, raiva, um comentário. Vale também o exercício inverso: pense no livro, numa matéria, num post ou um vídeo que te impactou ao ponto de você sentir empatia, revolta, vontade de curtir ou até compartilhar. É incrível, né? E não acaba por aí.



Quando o texto ativa nossas reações fisiológicas

Tem um trecho do livro A jornada do escritor: estrutura mítica para escritores, escrito por Christopher Vloger, que diz assim:



“Uma história eficaz toma seu estômago de assalto, aperta sua garganta, faz o coração palpitar e os pulmões bombearem, traz lágrimas aos olhos ou uma explosão de risos. Quando eu não tinha algum tipo de reação fisiológica com uma história, sabia que estava sendo afetado apenas no nível intelectual e que, portanto, ela provavelmente seria um balde de água fria para o público.”



Quando li pela primeira vez esse trecho no livro, lá em 2023, fiquei tão impactada que precisei colocar isso na parede do meu escritório, literalmente falando. Seria uma forma de me lembrar todos os dias que escrever é conexão, tem que tocar na alma e, se a ideia é produzir uma mensagem que faça diferença na vida de alguém, tem que tocar o outro


Trecho de livro colado na parede com o desenho de uma mandala
Trecho do livro A jornada do escritor, do escritor Christopher Vogler

O viver, o sentir e o libertar também é dar forma, cor, cheiro e sabor a sua ideia. 


Como você tem feito isso no seu conteúdo? 


Como a sua escrita impacta você e a sua audiência?


Analise o seu processo de escrita, entenda como esse fluxo segue, encontre as brechas que direcionarão você ao estado de flow e use isso como uma bússola para superar qualquer desafio na hora de escrever.


Até o próximo conteúdo.🤓


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